Intervenção de Sérgio Farinha - Membro do Executivo da DORPOR
O XIX Congresso do PCP, realização de máxima importância para o Partido Comunista Português, teve início prático uma semana antes e fim uma semana depois da data marcada para as intervenções e votações. Realizado com o generoso trabalho de militância dos membros, simpatizantes e apoiantes do partido (muitos deles a aproveitar o seu tempo de férias para dar apoio), contou com a fundamental colaboração das entidades apoiantes do evento. A elas agradecemos todo o apoio dado.
De destacar a grande participação dos 1219 delegados, a presença de mais de 60 partidos estrangeiros, as mais de 100 intervenções, a excelente presença de membros, militantes, convidados, apoiantes, simpatizantes, da juventude e presença do povo em geral que inundou a sala de fraterno calor humano. A maioritária votação de apoio ao novo Comité Central, a aprovação do todos os órgãos do partido por unanimidade assim como a unânime reeleição de Jerónimo de Sousa para Secretário Geral.
Deste congresso o Partido Comunista Português saiu mais forte, mais unido, mas sobretudo mais capaz de dar resposta aos problemas de Portugal e do seu povo.
A Organização Regional de Portalegre fez-se representar por 25 delegados e em número semelhante de suplentes/convidados ao XIX Congresso do Partido Comunista Português que se realizou nos dias 30 de Novembro, 1 e 2 de Dezembro de 2012 em Almada.
O distrito manteve os três membros no Comité Central.
Campo Maior foi representado por um delegado.
Intervenção de Sérgio Farinha - Membro do Executivo da DORPOR:
"Camaradas
No trabalho
preparatório, na Organização Regional de Portalegre, mereceram aceitação
unânime as propostas submetidas à apreciação da organização do Partido.
Chegado o XIX Congresso, saudamos os
delegados e convidados, confiantes de que o PCP se fortaleceu e está mais
preparado para combater a política de direita, de modo a derrotar o pacto de
agressão e contribuir para a política e o governo patrióticos e de esquerda, de
que Portugal e os portugueses necessitam.
O distrito de Portalegre é uma região
cada vez mais pobre, envelhecida, abandonada pelo poder central, marcada pelo
desinvestimento central, pela deslocalização e degradação dos serviços
públicos, pelo encerramento de empresas, pela destruição da agricultura, da
indústria agro-alimentar e demais produção industrial autóctone, pela
liquidação do pequeno comércio, com reflexos directos no aumento do desemprego.
Os efeitos negativos da política de
direita no sector agrícola, no País, no Alentejo e no distrito de Portalegre, como
foi a destruição da reforma agrária; o estrangulamento das pequenas e médias
explorações agrícolas e a agricultura familiar, têm contribuído para a
concentração e o abandono das terras, enquanto os grandes proprietários recebem
milhões de euros para não produzir.
O sector industrial da cortiça,
têxteis e rochas ornamentais, que tinham algum peso no distrito e davam
trabalho a milhares de trabalhadores, foram gradualmente arruinados pelas
políticas do PS, PSD e CDS, levando ao seu encerramento.
No sector público, a ofensiva iniciada
em 1993, pelo Gov. PSD de Cavaco Silva, foi continuada pelos sucessivos (des)governos,
fazendo o distrito perder poder político e decisório, ficar mais isolado, mais
dependente, e as populações mais abandonadas e desprotegidas.
Portalegre é o único distrito sem
ligação directa à rede de autoestradas; apenas servido pela ferrovia de
mercadorias; e a rede de transportes rodoviários é desajustada às necessidades
das populações e à deslocação de pessoas e bens.
No distrito, os comunistas lutam,
reivindicam, e fazem propostas de políticas que enfrentem os problemas do
interior e que promovam o desenvolvimento das potencialidades existentes.
Quanto à organização do Partido, temos
vindo a sofrer uma redução do corpo de funcionários e mesmo enfrentando dificuldades
e nem sempre conseguindo avançar como seria necessário e desejável, demos
alguns passos no reforço orgânico.
A nossa organização acompanha o
envelhecimento que atinge o distrito, mas existem potencialidades para o
recrutamento entre os jovens.
Nos últimos 4 anos, aderiram ao PCP, 71
novos camaradas, realizaram-se 10 Assembleias da Organização, responsabilizaram-se
30 novos camaradas, e promovemos 3 acções de formação ideológica.
Os efeitos da política de direita conduzida
contra os trabalhadores, tem reflexos negativos na situação financeira do
Partido.
Existem aspectos que temos de
continuar a melhorar:
- o recebimento da quotização, e ter
mais camaradas nesta tarefa.
- melhorar a discussão e a
compreensão de que os cargos públicos são do Partido, e de que o princípio de
não ser prejudicado nem beneficiado é um dever estatutário e como tal deve ser
encarado e cumprido.
- o aumento da receita e a redução de
despesas é fundamental para melhorar o trabalho orgânico e político do Partido.
Estamos convictos de que as conclusões
do nosso Congresso darão força à organização para:
- reforçar a intervenção e a
organização nas empresas e locais de trabalho;
- recrutar e responsabilizar mais
camaradas pelas tarefas partidárias;
- melhorar a atenção prestada à
formação politico-ideológica dos militantes e à difusão da imprensa do Partido;
- continuar o contacto com os
militantes e o esclarecimento da ligação com o Partido.
- continuar a trabalhar pelo reforço
da intervenção do Partido no Poder Local, contribuindo para um bom resultado eleitoral
no distrito, na região e no país;
Só uma organização forte tem
capacidade para responder às necessidades do nosso povo.
Só um povo consciente consegue
transformar a sociedade e construir um País melhor.
Viva o XIX Congresso do PCP
Viva o Partido Comunista Português"
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