Propostas Programa Eleitoral CDU Campo Maior

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

30 de Abril de 2012 (3 de 3)

(Abandono da frota pesqueira com o apoio de Cavaco Silva.)

Passados 38 anos da "Revolução dos Cravos", Portugal e a maioria dos portugueses está ao mesmo nível do tempo do "Estado Novo".

O estado social e o seus progressos apenas existiram nos governos provisórios liderados por Vasco Gonçalves (criação do 13º mês, Subsídio de Férias, Subsídio de Desemprego, direito a fazer descontos e receber a justa reforma, etc...).

A Reforma Agrária foi uma revolução dentro da revolução, que colocou os campos do Alentejo e Ribatejo a produzir como até á data não o faziam, nem fazem! Acabou com o desemprego e trouxe uma maior justiça na distribuição da riqueza criada a através das cooperativas agrícolas lideradas pelos trabalhadores. Com a máxima: "A Terra a quem a trabalha". O que desagradou não só à direita mais conservadora (conforme o demonstra o actual ajuste de contas do governo PSD/CDS, com o apoio do Presidente da República, face às conquistas de Abril) como aos "socialistas" liderados por Mário Soares que nomeou o, camaleão político, António Barreto para Ministro da Agricultura com o objectivo de acabar com o bom exemplo que a Reforma agrária representava.

Foram nacionalizados empresas em sectores estratégicos para a economia nacional. Dai resultaram enormes benefícios par as contas públicas e um maior controlo do mercados nos diversos sectores.

O povo e as classes mais desfavorecidas continuam a ter medo dos poderes instalados. Como exemplo temos as últimas notícias referentes às sucessivas repressões policiais sobres os cidadãos.

Todas estas medidas concretizadas, a nível nacional, foram destruídas aos poucos pelas sucessivas políticas do PS, PSD e CDS. Com o apoio na União Europeia e sucessivos Presidentes da República. E que não servem os interesses de Portugal e da maioria dos portugueses. Apenas dão dividendos e privilégios à nova burguesia.

O distrito de Portalegre é um dos mais desertificados e abandonados pelas políticas anteriormente enumeradas. E os deputados eleitos (PS e PSD) para defender a nossa  região pouco ou nada fizeram  por ela. Contribuindo para o péssimo estado em que se encontra o distrito de Portalegre. E a grande maioria da população residente.

Campo Maior não é excepção no que toca ao balanço dos 38 anos passados sobre a revolução do 25 de Abril de 1974.

O Serviço Nacional de Saúde, a nível local,  está cada vez pior. Com as sucessivas políticas (PS, PSD e CDS) de cortes na mesma. Demasiada redução de serviços e de pessoal.

A privatização da água em 2007 foi mais um mau exemplo para a política local. Em prejuízo dos interesses da população.

A construção das Piscinas Municipais foi igualmente um mau negócio para os cofres da autarquia.

O património degradado é evidente. De onde se destacam o Mártir Santo e o Centro Histórico da vila.

Por estas e muitas outras razões que não enumeramos aqui. Fazemos o apelo a todos os trabalhadores, estudantes, reformados e desempregados que compareçam a mais uma comemoração do 1º de Maio - Dia do Trabalhador, pelas 10:30 no Largo Frederico Laranjo em Portalegre. Organizada pela USNA-CGTP/IN.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril de 1974 (2 de 3)

 
«Era já uma promessa 
 era a força da razão 
do coração à cabeça 
da cabeça ao coração. 
Quem o fez era soldado 
homem novo capitão 
mas também tinha a seu lado 
muitos homens na prisão.»
 
 
Na alva madrugada de 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA), Irrompe sobre Lisboa ao som da Grândola Vila Morena, onde se destaca o Capitão Salgueiro Maia, pelo papel preponderante que teve para derrubar o regime fascista comandado por Marcelo Caetano e Américo Tomás.

A Revolução de Abril foi liberdade; foi direito ao trabalho com direitos; foi direito à Saúde, direito ao Ensino, direito à Segurança Social; foi a experiência histórica da terra entregue a quem a trabalhava e dos sectores estratégicos fundamentais da economia colocados ao serviço do povo e do País; foi a construção do Poder Local Democrático; foi o fim da guerra colonial, libertando outros povos do jugo colonial e simultâneamente libertando Portugal; foi o fim do isolamento internacional do nosso País…

Tempo da construção da mais avançada democracia alguma vez existente em Portugal: uma democracia económica, social, política, cultural e com uma determinante componente participativa – que viria a ser consagrada na Constituição de Abril, aprovada em 2 de Abril de 1976.

A Queda do regime comandado por Marcelo Caetano, com a consequente fuga para o Brasil, foi igualmente festejada no Alentejo e em Campo Maior.

Que culminou num grandioso 1º de Maio de 1974.

terça-feira, 24 de abril de 2012

24 de Abril de 1974 (1de 3)



No dia 24 de Abril de 1974 estávamos em plena ditadura, regime político autoritário corporativista.

Com uma Guerra colonial que se arrastava há 13 anos, de onde se destacavam os principais campos de batalha: Angola, Moçambique e Guiné Bissau. Dai resultaram cerca de 9000 mortos e 100 000 feridos mutilados e doentes psicológicos.

O país era controlo pela Policia Internacional e Defesa do Estado (PIDE) que perseguia, prendia, torturava e até matava aqueles que lutavam pela liberdade e por melhores condições de vida. (Em campo Maior foram vários: José Leão, José Pingo, António Molina, entre outros). As principais prisões políticas eram a de Caxias , Forte de Peniche, do Aljube e o campo de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde (conhecido pelo campo da morte lenta).

Os portugueses eram um povo que (sobre)vivia com elevado nível de analfabetismo, sem qualquer qualidade de vida, o trabalhar era de sol a sol da infância até à morte, sem qualquer protecção social (subsídio de desemprego, subsídio de férias, 13º mês, contrato de trabalho, reforma, etc...) Estando à mercê dos grandes latifundiários e patrões em geral.

Os serviços de saúde completamente degradados.

A habitação sem qualquer qualidade habitacional e de dimensões minúsculas.

Enquanto Salazar e Caetano acumulavam ouro e permitiam que o grande capital aumentasse a sua fortuna ,o povo vivia na mais completa miséria ou obrigados à emigração. Milhares fugiram de Portugal, entre eles muitos campomaiorenses.

O atraso face a outros povos e nações era bastante elevado à data, consequência do isolamento que caracterizava este regime fascista.

Durante os  48 negros anos de ditadura, o Partido Comunista Português, fundado em 6 de Março de 1921, nunca baixou os braços (o único partido político que combateu a ditadura). E mesmo na clandestinidade organizou-se e combateu duramente contra o regime apoiado por Américo Tomás e Cardeal Cerejeira. Com elevado prejuizo para os seus militantes e apoinates. Alguns deles pagaram até com a própria vida, como por exemplo Bento Gonçalves (Secretário Geral do PCP à data), assassinado no Tarrafal em 1942. Entre cerca de 3 dezenas de outras vítimas mortais.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

José Mário Branco - Eu vim de Longe


Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha na outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei pra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi pra esta força que apontou

E então olhei à minha volta
Vi tanta mentira andar à solta
Que me perguntei
Se os hinos que cantei
Eram só promessas e ilusões
Que nunca passaram de canções

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

Quando eu finalmente eu quis saber
Se ainda vale a pena tanto crer
Eu olhei para ti
Então eu entendi
É um lindo sonho para viver
Quando toda a gente assim quiser

Tenho esta viola numa mão
Tenho a minha vida noutra mão
Tenho um grande amor
Marcado pela dor
E sempre que Abril aqui passar
Dou-lhe este farnel para o ajudar

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

E agora eu olho à minha volta
Vejo tanta raiva andar a solta
Que já não hesito
Os hinos que repito
São a parte que eu posso prever
Do que a minha gente vai fazer

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei prá aqui chegar
Eu vou pra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar

José Mário Branco no Programa Vozes de Abril da RTP, realizado no Coliseu de Lisboa em 2008, no âmbito das comemorações do 25 de Abril.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Resumo da assembleia municipal de 28 Fevereiro e convite à população para a próxima de 19 de Abril


A reunião ordinária da assembleia municipal de Campo Maior realizada dia 28 de Fevereiro de 2012 no Pavilhão Polivalente de Degolados foi muito participada pela população local. 

Antes da ordem do dia o eleito da CDU voltou a questionar o Senhor Presidente da Câmara sobre a possibilidade  da publicitação das moções aprovadas em reunião de assembleia municipal, em pelo menos, jornal regional. Concretamente o semanário Linhas de Elvas (uma vez que a autarquia já tem uma avença com o mesmo órgão de comunicação social). Sendo as moções apresentadas do interesse da população.

De seguida perguntou ao presidente da autarquia, quando seria o início das obras da nova casa mortuária prevista no plano e actividades de 2012. Tida como uma obra fundamental para a população.

Por último o deputado da CDU leu um documento com o tema "A Terra e a Água"  "Riqueza do Distrito de Portalegre - Estruturante Para o Desenvolvimento e o Emprego". Neste documento abordava-se entre outros temas o da Barragem do Abrilongo (freguesia de Degolados - concelho de Campo Maior) inaugurada em 1998 pelo então ministro da agricultura Capoulas dos Santos. Sem que as infra-estruturas de rega tenham sido implementadas. Logo, a mesma nunca regou nada!

A CDU Campo Maior saúda a iniciativa da realização da anterior reunião da assembleia municipal de Campo Maior ter sido realizada fora das instalações da Câmara Municipal.

 
A próxima reunião ordinária da assembleia municipal é dia 19 de Abril ( Quinta) pelas 18:00 no salão nobre dos paços do concelho em Campo Maior. Toda a populaçaõ está convidada a intervir e participar. Pois os temas ai debatidos são do seu interesse.


domingo, 8 de abril de 2012

Hugo Chávez aumenta em 32,25% o salário mínimo




"O (dia) primeiro de maio o salário vai chegar a 1.780, 45 (304,35 euros) e em setembro será de 2.047,52 bolívares (366,30 euros)", disse.

Segundo Hugo Chávez trata-se de "um salto a favor dos trabalhadores que formam parte do processo de redistribuição do ingresso nacional para conseguir a igualdade substantiva".

Agregou que 3,9 milhões de empregados e mais de 2 milhões de pensionistas beneficiarão com o novo aumento salarial, e que fazendo o câmbio a dólares (476,05) a Venezuela tem o salário mínimo mais alto da América Latina.

Em 2011 a inflação venezuelana foi de 27,6 por cento, muito superior aos 7,48 por cento registados no Uruguai, 4,23 por cento no Peru, 5,6 por cento no Brasil e 3,3 por cento no Paraguai.

Apesar da Venezuela ter vigente um sistema de controlo de preços e de obtenção de divisas (desde 2003), tem registado oficialmente a maior taxa de inflação da região, nos últimos seis anos.

Desde o ano de 2002 que o salário mínimo nacional tem aumentado entre 20 e 30 por cento anualmente.

O Banco Central da Venezuela estima que a inflação oscilará entre 20 e 22 por cento em 2012, aquém dos 30 por cento estimados pelos analistas.

Além da alta inflação os venezuelanos debatem-se diariamente, há mais de quatro anos, com dificuldades para obter alguns produtos, falhas que os importadores atribuem a dificuldades ocasionadas pelos controlos de preços impostos e por limitações na obtenção de divisas para importação. Em www.rtp.pt

Notícia completa em Telesur

segunda-feira, 2 de abril de 2012

CDU Campo Maior disse NÃO À EXTINÇÃO DE FREGUESIAS em Lisboa

 
Cerca de 200000 cidadãos de norte a sul, litoral ao interior, continente e ilhas disseram NÃO À EXTINÇÃO DE FREGUESIAS proposta pelo governo PSD/CDS-PP atravéz da Lei 44/XII (sobre a reorganização administrativa, que mais não é que a extinção de mais de um terço das freguesias através da agregação). Numa manifestação organizada pela ANAFRE. Sábado em Lisboa. 
 

O Alentejo, e em particular o distrito de Portalegre também se fez representar com cerca de 15 autocarros (Freguesia de: Vale do Peso - Crato, Gáfete - Crato, Alagoa - Portalegre, Tolosa - Nisa, St. Aleixo - Monforte, Assumar - Monforte, Chancelaria - Alter do Chão, Todas as freguesias de Avis, etc..). O eleito da CDU Campo Maior seguiu em transporte da Câmara Municipal de Monforte.
 
 
Esta manifestação ultrapassou fronteiras políticas e ideológicas, pois pretende combater:
 
-Enfraquecimento da democracia participada
-Perda de capacidade de afirmação, representação, luta e defesa dos interesses das populações, com a perda dos seus porta-vozes e representantes mais próximos
-O despedimento ou a mobilidade dos trabalhadores das freguesias a extinguir.
 
A participação na manifestação não era apenas dirigida às juntas de freguesia e municípios em perigo de extinção. Ela demonstrou ao governo o importante significado que tem a junta de freguesia para as populações, especialmente as rurais e distantes da sede do município. E reforçou a unidade das mesmas. A CDU local deu resposta positiva não só nesta manisfestação como pelas acções apresentadas na Assembleia Municipal de Campo Maior.

O Governo se pretende levar a cabo uma verdadeira reorganização administrativa, deve começar pela regionalização. Em lugar de atacar o primeiro pilar da democracia.