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sábado, 12 de dezembro de 2015

Faleceu Maria Eugénia Cunhal


"A ideologia não é bom que venha pela cabeça. É bom que venha pelo coração, pelo afecto, e depois a cabeça arruma como é que esse afecto se concretiza. Acho eu que é assim, e que deve ser assim, para ser uma coisa verdadeiramente humana."

Eugénia Cunhal, sobre o Comunismo.


NOTA DO SECRETARIADO DO COMITÉ CENTRAL DO PCP

O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português informa, com profunda mágoa e tristeza, do falecimento, aos 88 anos, de Maria Eugénia Cunhal, militante comunista, com uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, contra a exploração capitalista, pela democracia, pela paz, o socialismo e o comunismo.

Nascida a 17 de Janeiro de 1927 em Lisboa, foi professora de inglês, tradutora, jornalista e escritora, filha de Mercedes e Avelino Cunhal, e irmã de Álvaro Cunhal, desde sempre conviveu com a luta antifascista e com os ideais da liberdade e da democracia, cedo conheceu a realidade da repressão fascista, com apenas dez anos visita o seu irmão Álvaro Cunhal na prisão.

Maria Eugénia Cunhal foi presa pela PIDE com 18 anos, e foi várias vezes detida para interrogatórios, quando o seu irmão Álvaro Cunhal se encontrava na clandestinidade.

Quando questionada sobre quando abraçou o ideal comunista, respondeu “É difícil dizer. Porque, no fundo, acho que sempre fui comunista, desde que tenho cabeça para pensar. Mas muito cedo, a minha opção foi tomada muito cedo, sem dúvida nenhuma.”

Maria Eugénia Cunhal é autora das obras O Silêncio do Vidro (1962), a História de Um Condenado à Morte (1983), As Mãos e o Gesto (2000), Relva Verde Para Cláudio (2003) e Escrita de Esferográfica (2008).

Publicou entre 1947 e 1951, na revista Vértice, vários poemas com o pseudónimo de «Maria André».

Fez a primeira tradução portuguesa dos contos de Tchekov, Os Tzibukine (1963).

Actualmente estava organizada no Sector Intelectual-Artes e Letras da Organização Regional de Lisboa do PCP.

Modesta, discreta, dedicada, fraterna, Maria Eugénia Cunhal deixa-nos o seu exemplo de verticalidade e firmeza de carácter, o amor aos outros, o interesse pelo ser humano, contra a exploração, contra a desigualdade.

O Secretariado do Comité Central endereça aos seus filhos, netos e restante família, as suas sentidas condolências.

O corpo estará em câmara ardente na Sociedade de Instrução e Beneficência «A Voz do Operário» em Lisboa, a partir das 11 horas de sexta-feira, dia 11 de Dezembro.

O Funeral sairá às 11.00 horas de sábado, dia 12 de Dezembro, para o cemitério do Alto de São João e a cremação será as 12.00 horas.

10 Dezembro 2015

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