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sábado, 16 de maio de 2020

Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP «75.º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo»



Assinalam-se hoje os 75 anos da Vitória sobre o nazi-fascismo. Uma data que assume um
significado tanto maior quando se torna necessário defender a verdade sobre o que foi e o
que representou a Segunda Guerra Mundial, combater tentativas de falsificação da História
e retirar ensinamentos para que jamais uma tal tragédia aconteça.

O dia 9 de Maio de 1945, o dia da Vitória, marca a derrota do nazi-fascismo e do seu brutal
projecto de exploração, opressão e domínio mundial.

O nazi-fascismo foi responsável pelo horror dos campos de concentração, do trabalho
escravo, do massacre sistemático de populações, por incontáveis e cruéis sofrimentos e
privações, pela mais devastadora guerra que foi imposta aos povos.

O nazi-fascismo foi a mais violenta e criminosa forma de dominação gerada pelo capitalismo
– a ditadura terrorista dos monopólios –, responsável por uma das páginas mais negras da
História.

A Segunda Guerra Mundial foi inseparável da maior crise do capitalismo e do ascenso do
fascismo, que Portugal também conheceu e que o povo português derrotou em Abril de
1974. Os grandes grupos económicos e financeiros viam no fascismo – com o seu anticomunismo e nacionalismo xenófobo e programa de liquidação de liberdades e direitos
democráticos, de militarismo e de expansão mundial – um instrumento para a concretização
da sua política de exploração e dominação.

Mas, se é preciso não deixar esquecer a origem, o carácter de classe e os hediondos crimes
do nazi-fascismo, comemorar o dia da Vitória é também, e sobretudo, homenagear os que
heroicamente o combateram, os milhões de homens, mulheres e jovens, que resistiram e
lutaram, entregando as suas vidas se necessário, para libertar o mundo da barbárie nazifascista.
É da mais elementar justiça sublinhar o contributo decisivo da URSS, a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, do povo soviético e do seu Exército Vermelho, que – à
custa de mais de 20 milhões de mortos e de enormes sacrifícios – determinou o curso da
guerra e permitiu libertar a Humanidade do nazi-fascismo.

Como é indispensável sublinhar o contributo da resistência anti-fascista que lutou
corajosamente contra as forças de ocupação nazis. Resistência onde os comunistas, com o
movimento operário, assumiram um papel fundamental, e na qual milhares deram as suas
vidas em prol da causa da liberdade.

Como importa ter presente o papel da Coligação dos Países Aliados, que veio a formar-se
no decurso da guerra.

Só podem merecer o maior repúdio, as campanhas que visam diminuir, deturpar e negar o
papel da União Soviética e dos comunistas na Vitória sobre o nazi-fascismo. São
inaceitáveis as insultuosas campanhas que equiparam o opressor com o resistente, o
carrasco com a sua vítima. Campanhas que branqueiam e reabilitam o fascismo, e que, sob
o anti-comunismo, escondem as concepções e os projectos mais reaccionários e antidemocráticos.
Mas, nenhuma campanha de mentiras e de falsificação histórica poderá apagar o papel
decisivo da União Soviética e dos comunistas no combate contra o nazi-fascismo.

Combate em que se insere a luta do Partido Comunista Português pela liberdade e a
democracia, contra a ditadura fascista em Portugal, que colaborou com o nazi-fascismo,
oprimiu, torturou e assassinou, foi responsável pelo atraso, a miséria, as guerras coloniais.
A Vitória sobre o nazi-fascismo constitui um feito de uma extraordinária dimensão e alcance
histórico.

Após a derrota do nazi-fascismo, com o avanço das forças da paz, do progresso social e do
socialismo, a luta pela emancipação dos trabalhadores e dos povos alcançou, por todo o
mundo, conquistas históricas, que marcaram profundamente o século XX e que continuam a
repercutir-se na actualidade.

75 anos depois, numa situação internacional marcada pela crise estrutural do capitalismo, o
imperialismo lança-se numa violenta ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a
soberania dos povos e a independência dos Estados, procurando fazer recuar avanços e
conquistas sociais e nacionais alcançadas.

Os sectores mais reaccionários e agressivos do imperialismo promovem o fascismo e a
guerra tentando levar ainda mais longe a exploração e a opressão.

Olhando para o significado da data que hoje assinalamos melhor se compreenderá a atitude
de todos os que no nosso País pretendem reabilitar o regime fascista e apagar a actualidade
e os valores da Revolução de Abril.

Num tempo em que os povos enfrentam sérias ameaças, o PCP apela à unidade dos
democratas na luta em defesa da paz, ao mesmo tempo que reafirma que está nas mãos
dos trabalhadores e dos povos a conquista de um mundo melhor, abrindo os caminhos da
liberdade, da soberania, da democracia, do progresso social, da libertação de todas as
formas de exploração e opressão.

09.05.2020 | Gabinete de Imprensa do PCP

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