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segunda-feira, 6 de março de 2017

Protesto mostrou o outro lado dos lucros da EDP - CGTP-IN


Ontem à tarde, no momento em que a EDP exibia 961 milhões de euros de lucros do último ano (mais 5% do que em 2015), dirigentes e activistas da Fiequimetal e dos sindicatos concentraram-se à entrada da sede do grupo e chamaram a atenção para alguns factos, ocultados pelos altos responsáveis da administração e ignorados pela generalidade da comunicação social. Os lucros da EDP são pagos pelos trabalhadores, pelos consumidores e pelo País.

Os mais relevantes desses outros dados ficaram expressos num comunicado distribuído no local e nas intervenções de João Torres (em nome da Comissão Executiva da CGTP-IN), Rogério Silva (coordenador da Fiequimetal) e Joaquim Gervásio (dirigente da Fiequimetal que acompanha o Grupo EDP).

Só nos últimos cinco anos, a EDP acumulou mais de seis mil milhões de euros de resultados líquidos. Estes lucros foram alcançados com o esforço dos trabalhadores, com o aumento da tarifa em cerca de 20% e com a generalizaçãoo dos vínculos precários, designadamente nos centros de atendimento a clientes e nas lojas, na reparação de avarias e nas leituras, entre outras áreas técnicas.

O volume das remunerações auferidas pelo Conselho de Administração da EDP é um escândalo obsceno. Nestes mesmos cinco anos, os seus membros receberam mais de 50 milhões de euros, com destaque para o presidente. O Eng. António Mexia poderá arrecadar este ano mais 2,5 milhões de euros.
Já o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Dr. Eduardo Catroga, arrecada 515 mil euros ao ano.

Ainda nestes cinco anos, os accionistas beneficiaram de dividendos num valor superior a três mil milhões de euros, ou seja, mais de 50% dos resultados líquidos.

Enquanto isso, também nos últimos cinco anos, as actualizações salariais ficaram sempre bastante abaixo dos 2% e, nas negociações para este ano, a administração pretendia arrumar o processo negocial impondo uma actualização de 0,7%. Este valor foi rejeitado pela Fiequimetal/CGTP-IN, que o considerou bastante insuficiente, face aos resultados obtidos, e exige que seja alterado no sentido de maior justiça na distribuição da riqueza.

Torna-se cada vez mais evidente que a EDP - hoje uma empresa privada, detida maioritariamente por capital estrangeiro (incluindo uma empresa estatal) - privilegia os accionistas, aumenta os custos aos consumidores, estimula os vínculos precários e está no topo das empresas cujos presidentes de Conselho de Administração, entre outros elementos, auferem vencimentos que representam uma desvalorização de quem trabalha. É um verdadeiro escândalo, a que deveria ser posto termo.

FONTE: FIEQUIMETAL

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