Propostas Programa Eleitoral CDU Campo Maior

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Propostas da direita (PSD e CDS) agravam dificuldades dos portugueses.


Numa altura em que a realidade do país é de 450 mil trabalhadores desempregados, 740 mil contratados a termo, mais de 800 mil trabalhadores a recibos verdes, mais de 53% dos jovens são precários, cerca de 700 mil desempregados, cerca de 13% da população activa e em que o desemprego entre os jovens representa mais de 23%.

Face ao desemprego, face a esta situação qual é a solução que o PS, PSD e CDS apresentam ao país? o PSD quer aumentar a precariedade ate 2014 (no mínimo) propõe contratações até 2014 sem limite de termo nem justificação. Bastando para tal ser jovem ou desempregado de longa duração para ter um contrato, ainda mais, precário. PSD propõe igualmente que a segurança social pague parte do salário. O CDS como forma de demonstra que é tão o mais de direita que o PS e PSD propõem que o subsídio de desemprego seja dado à entidade patronal para esta pagar o vencimento ao trabalhador! saindo este de graça à empresa para qual efectua o trabalho! Os centristas propõem igualmente o aumento do contrato a termo de 3 anos para 6 anos! Aumentando desta forma o trabalho precário que só por si já é demasiado.

O Partido Socialista é culpado no agravamento das condições de trabalho, mas querem mais. Pretendem facilitar e tornar mais barato o despedimento, com as novas alterações ao código do trabalho. Substituindo desta forma trabalhadores actuais por trabalhadores sem direitos, precários e cada vez mais baratos.

Por parte do PCP dizemos basta! não precisamos de mais precariedade, não precisamos de mais contratos a prazo. Uma vez que somos o terceiro país da UE com mais precariedade.

O PS, PSD e CDs não resolvem problema nenhum do país porque eles fazem parte do problema. A solução passa pelo PCP pela promoção da produção nacional, por criação de trabalho com direitos e não pela precariedade. Como tem sido feito pelo actual e anteriores governos. Com os sucessivos patrocínios da Presidência da República.

Com os projectos de lei apresentados pelo PSD e CDS (24.02.2011) agrava-se a vida dos trabalhadores e do povo português! E desta forma ficam bem patente as verdadeiras intenções do PS e CDS (e do PS em anteriores iniciativas de código do trabalho) que é a exploração dos trabalhadores e o aumento da desigualdade entre as classes sociais.

Baseado na intervenção do Grupo Parlamentar do PCP, 24.02.2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cortes no transporte de doentes



O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) entregou na Assembleia da República um projecto de resolução que recomenda ao Governo a revogação do despacho que procede aos cortes no transporte de doentes não urgentes, medida que entrou em vigor no dia 1 de Janeiro e que está a dificultar de forma dramática a vida de milhares de utentes do Serviço Nacional de Saúde.

O despacho que o PEV quer ver revogado é mais um contributo para agravar a injustiça social e impossibilita a universalidade e acessibilidade aos serviços de saúde públicos, tal como consagra a Constituição portuguesa, visto que milhares de utentes que deixam de ter este direito deixam também de poder assegurar o serviço por falta de condições económicas.

A imposição destas medidas está também a criar graves dificuldades financeiras nas associações humanitárias de bombeiros, pondo em causa a sua actividade e também o cumprimento do contrato que, sobre esta matéria, foi assinado com a Liga dos Bombeiros Portugueses.

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifestou-se igualmente contra mais esta medida do Governo. «Milhares de doentes com rendimentos financeiros muito baixos, pouco acima do ordenado mínimo nacional, vêem ser-lhes negado pelos serviços de saúde a emissão das credenciais que os habilitavam a ser conduzidos aos tratamentos ou consultas em transporte fornecido pelos bombeiros», informa o MUSP, considerando que esta medida «assume contornos de uma extrema insensibilidade, senão mesmo crueldade».


Jornal Avante, 17.02.2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

NOS OITENTA ANOS DO AVANTE!, Editorial, José Casanova


Comemoramos este mês, em todo o colectivo partidário, os oitenta anos de vida do Avante!.

Fazêmo-lo com o legítimo orgulho de quem tem a consciência de que, falando do nosso jornal, estamos a falar de um caso singular na história da imprensa portuguesa.

Único jornal que durante a longa ditadura fascista nunca se deixou amordaçar nem se submeteu à censura salazarista/caetanista, o Avante! foi, nesse tempo opressivo e repressivo, a voz dos anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo, das suas reivindicações, das suas lutas: a voz dos que não tinham voz.

Criado em 1931 – na sequência da reorganização que, dois anos antes, dera um significativo passo na construção do PCP como partido marxista-leninista – desde logo passou a constituir um alvo preferencial da repressão fascista. Estava, então, em curso acelerado o processo de fascização do Estado levado a cabo por Salazar: à criação do partido único fascista, ocorrida em 1930, sucedia-se um vasto conjunto de medidas de carácter político, económico, social, ideológico, cultural, complementado com a criação de um poderoso aparelho repressivo.

Em consequência disso – e também porque o Partido estava a dar os seus primeiros passos na organização da actividade clandestina – a publicação do Avante! nos primeiros dez anos da sua existência sofreu várias interrupções.

E foi com a reorganização de 1940/41 – que viria a criar as condições para a transformação do PCP num grande partido nacional, no grande partido da resistência e da unidade antifascistas, na vanguarda revolucionária da classe operária – que o Avante! estabilizou a sua publicação: de Agosto de 1941 até ao 25 de Abril de 1974, o Órgão Central do PCP foi publicado ininterruptamente, sempre composto e impresso no interior do País – assim se afirmando como o jornal que, a nível mundial, mais tempo resistiu com êxito à clandestinidade.

A montante desse êxito estavam a dedicação e a coragem ilimitadas dos seus construtores – muitas vezes pagas com a prisão, a tortura e a própria vida.


Por tudo isso o primeiro número do Avante! após o 25 de Abril foi, em termos mediáticos, o exemplo mais expressivo da liberdade de informação acabada de conquistar.

E nos dias e meses que se seguiram ao derrubamento do governo fascista, ele foi a voz das massas conquistando as liberdades; do movimento operário e popular avançando para as grandes conquistas revolucionárias; da aliança Povo/MFA colocando os primeiros tijolos do luminoso edifício de uma democracia avançada que a Constituição da República viria a consagrar.

Do mesmo modo que, nestes quase trinta e cinco anos de contra-revolução – de liquidação das conquistas de Abril e de recomposição da capitalismo monopolista do Estado; de ataques brutais aos direitos e interesses dos trabalhadores, do povo e do País; de venda a retalho da independência e da soberania nacionais – o Avante! tem sido o singular porta-voz da resistência; das lutas dos trabalhadores e do povo contra a política de direita com a qual os partidos da contra-revolução – PS, PSD e CDS/PP – têm vindo a afundar Portugal; da luta pela ruptura e a mudança; da luta pelo cumprimento da Lei Fundamental do País.

E porque, em consequência da contra-revolução e do domínio do grande capital, a maioria dos média voltou a ser propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros – e, portanto, a definir os seus critérios informativos de acordo com os interesses exclusivos dos seus donos – o Avante! é, hoje, a única voz ao serviço dos interesses dos trabalhadores e do povo; é, hoje, como no tempo do fascismo, a voz dos que não têm voz.

E, da mesma forma que, honestamente, não é possível fazer a história de Portugal sob o regime fascista sem consultar o Avante!, também só consultando-o é possível escrever com rigor sobre os últimos 36 anos da nossa história colectiva.


Num tempo marcado por uma forte ofensiva ideológica, com a qual os média dominantes fazem chegar todos os dias a milhões de pessoas a desinformação cirurgicamente organizada que serve os interesses do grande capital, a divulgação e leitura do Avante! coloca-se com questão crucial não apenas para os militantes comunistas mas para a generalidade dos trabalhadores – para todos os que sofrem na pele as consequências da política de direita; para todos os que assumem como referência maior os valores e os ideias de Abril.

O anticomunismo, em muitos casos retomando as suas formas mais primárias e boçais; a apresentação do capitalismo explorador e opressor como sistema ideal; o roubo de direitos aos trabalhadores, apresentado como uma necessidade, uma inevitabilidade, uma normalidade; a pregação multiplicada da passividade, do conformismo, da resignação, do não vale a pena; a disseminação do medo; o silenciamento das ameaças, das chantagens, da repressão sobre os trabalhadores – constituem linhas dessa ofensiva às quais, no plano mediático, só o órgão central do PCP dá resposta.

Os nossos leitores sabem que há um vasto conjunto de notícias, informações e opiniões sobre Portugal e sobre o mundo que só no nosso jornal poderão encontrar – notícias, informações e opiniões indispensáveis para o conhecimento da realidade existente e para o desenvolvimento da luta pela sua transformação. Uma luta que a leitura do Avante! ajuda a que seja mais forte e mais consciente.

Assim, fazer chegar o nosso jornal a mais e mais leitores, militantes e não militantes do Partido, é uma das mais relevantes tarefas políticas do colectivo partidário comunista.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Maior parvo é o que não deixa (vi)ver!

Se uma imagem vale mais que mil palavras, a letra desta música vale pelos cerca de 600 mil desempregados, mais de 137 mil a recibos verdes (muitos na administração pública), um número indefinido de jovens licenciados que recebem menos do que a sua categoria profissional lhe deveria proporcionar e outros tantos que trabalham mas são pobres porque esta sociedade que lhes impõe consumo exagerado não lhes oferece as devidas compensações para viver!

Porque viver não significa apenas pagar a habitação, os bens alimentares, o vestuário entre outros bens de primeira necessidade! viver é muito mais do que isso: É o direito à cultura, ao lazer e descanço, a viajar e conhecer, constituir família e obviamente o trabalho com direitos.

JCP, desde 1979 a defender os interesses da juventude!

Com a LUTA da Juventude CONSTRUIR o Futuro!


"Parva que sou" - Deolinda

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.