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terça-feira, 24 de abril de 2012

24 de Abril de 1974 (1de 3)



No dia 24 de Abril de 1974 estávamos em plena ditadura, regime político autoritário corporativista.

Com uma Guerra colonial que se arrastava há 13 anos, de onde se destacavam os principais campos de batalha: Angola, Moçambique e Guiné Bissau. Dai resultaram cerca de 9000 mortos e 100 000 feridos mutilados e doentes psicológicos.

O país era controlo pela Policia Internacional e Defesa do Estado (PIDE) que perseguia, prendia, torturava e até matava aqueles que lutavam pela liberdade e por melhores condições de vida. (Em campo Maior foram vários: José Leão, José Pingo, António Molina, entre outros). As principais prisões políticas eram a de Caxias , Forte de Peniche, do Aljube e o campo de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde (conhecido pelo campo da morte lenta).

Os portugueses eram um povo que (sobre)vivia com elevado nível de analfabetismo, sem qualquer qualidade de vida, o trabalhar era de sol a sol da infância até à morte, sem qualquer protecção social (subsídio de desemprego, subsídio de férias, 13º mês, contrato de trabalho, reforma, etc...) Estando à mercê dos grandes latifundiários e patrões em geral.

Os serviços de saúde completamente degradados.

A habitação sem qualquer qualidade habitacional e de dimensões minúsculas.

Enquanto Salazar e Caetano acumulavam ouro e permitiam que o grande capital aumentasse a sua fortuna ,o povo vivia na mais completa miséria ou obrigados à emigração. Milhares fugiram de Portugal, entre eles muitos campomaiorenses.

O atraso face a outros povos e nações era bastante elevado à data, consequência do isolamento que caracterizava este regime fascista.

Durante os  48 negros anos de ditadura, o Partido Comunista Português, fundado em 6 de Março de 1921, nunca baixou os braços (o único partido político que combateu a ditadura). E mesmo na clandestinidade organizou-se e combateu duramente contra o regime apoiado por Américo Tomás e Cardeal Cerejeira. Com elevado prejuizo para os seus militantes e apoinates. Alguns deles pagaram até com a própria vida, como por exemplo Bento Gonçalves (Secretário Geral do PCP à data), assassinado no Tarrafal em 1942. Entre cerca de 3 dezenas de outras vítimas mortais.

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